“A Autoestima no âmbito da Psicologia, consiste numa avaliação subjetiva que o individuo faz de si mesmo.”
Características como dignidade e respeito são questionadas. Estes questionamentos produzirão confiança e valorização de si mesmo (seja de forma positiva ou negativa). Refere-se ao “gostar de si mesmo”, acreditar, confiar e respeitar o próprio potencial. É uma das principais estratégias para a pessoa viver de uma forma saudável. Define o modo como elas interagem com o mundo e enfrentam os desafios da vida e exposição diante de circunstâncias que exigem controle emocional. Pode ser desenvolvida e aperfeiçoada ao longo da vida. É construída nas relações familiares e se consolida a partir da ampliação de relações sociais. Uma educação baseada no amor, no respeito, na valorização, na competência e bondade do indivíduo são fatores fundamentais para um desenvolvimento pessoal saudável.
A autoestima pode ser ainda mais elevada se for estimulada desde a infância. As relações familiares, principalmente as primeiras e mais importantes como a dos pais, cuidadores, dentre outros responsáveis, contribuem na formação do “EU” e como o indivíduo se enxerga no mundo. A autoimagem que se tem de si mesmo é definidora.
A autoaceitação e a autoconsciência são atitudes importantes na autoestima, uma vez que ser coerente com o que se sente é fundamental para a saúde. Quando a pessoa se cala, o corpo pode responder através de vários problemas: ansiedade, depressão, gastrite, dentre outros. Saber aceitar e acolher as próprias imperfeições é reconhecer e ser responsável pela própria vida. Tudo isso fortalece a autoestima, nutrindo a pessoa de confiança e segurança diante das situações de enfrentamento.
Da mesma forma que a autoestima pode ser adquirida aos poucos, a longo prazo, é importante ressaltar que ela é variável, ou seja, se altera muito, dependendo das experiências ou das transições para outras fases da vida, podendo ser aprimorada e aperfeiçoada. Ela se alterna em elevada e baixa, dependendo do contexto.
Existem situações que podem afetar a autoestima, como: uma relação abusiva, um término de relacionamento, uma briga, ambientes de convívio tóxicos e outras experiências traumáticas. As pessoas que apresentam baixa autoestima diante das dificuldades tendem a se vitimizar e acabam perdendo oportunidades importantes da própria vida. Enquanto a autoestima elevada dá-se quando a pessoa enxerga a si mesma positivamente, ou seja, quem possui uma autoimagem otimista é confiante e seguro de si.
Por fim, para um melhor equilíbrio da autoestima, deve-se estar atento ao que se pensa sobre si mesmo. Seja uma exigência positiva ou negativa sobre si, devemos avaliar de maneira racional e afetuosa. A autoconsciência e a autoaceitação podem ajudar no processo. Importante lembrar que é fundamental dar atenção aos sentimentos, pois ausência de equilíbrio pode acarretar prejuízos em várias áreas da vida.
-Wilma Cristina Guedes Dias
Psicóloga / CRP-MG: 04/31.400
Especialista em Saúde Mental e Terapia Familiar Sistêmica – Atendimento Individual, Casal e Família.
Revista MedSaúde – Ano 2 – 3ª Edição/Abril 2019